Mercado nacional tem o mairo crescimento entre os principais mercados globais e projeta um novo salto para 2025
De acordo com o balanço da ANFAVEA divulgado hoje (13), o setor automotivo teve um incrível crescimento no segundo semestre de 2024, inclusive, acima do esperado. Na comparação do segundo com o primeiro semestre, a produção cresceu 26,2%, osemplacamentos 32% e as exportações 44,2%.
“Normalmente a segunda metade é mais aquecida, mas neste ano tivemos um segundosemestre fantástico, o melhor dos últimos dez anos, depois de um início de ano com algunsproblemas, como greves em órgãos públicos, enchentes no Rio Grande do Sul, entreoutros. Com isso, o Brasil foi o que mais cresceu entre os principais mercados do mundo.Esperamos começar o ano nesse ritmo acelerado e fazer de 2025 o último degrau antesda volta ao patamar dos 3 milhões de unidades vendidas”, avalia o Presidente Márcio deLima Leite.
Mercado Interno
O começo de ano foi menos aquecido, mas a média do mercado disparou no segundo semestre, atingindo a marca de 13,3 mil unidades/dia em novembro, a maior em 10 anos. Assim, 2024 deverá fechar com 2,65 milhões de autoveículos emplacados, alta de 15% sobre 2023. Faltaram cerca de 130 mil unidades para que se superasse o total de 2019, último ano antes da pandemia.
No segmento de pesados, os caminhões tiveram ótimo desempenho, com alta estimadaem 15%, enquanto os ônibus deverão fechar com crescimento de 8,5%. Ambos ossegmentos voltaram ao ritmo tradicional de emplacamentos, após o período de transiçãodas regras de emissões do Proconve.
Para o ano que vem, a ANFAVEA projeta vendas de 2,802 milhões de autoveículos, uma elevação de 5,6% sobre 2024. Dividindo por segmentos espera-se alta de 5,8% para automóveis e comerciais leves, e de 2,1% para veículos pesados.
Produção
Apesar do crescimento de 15% do mercado interno, a produção deve subirneste ano 10,7% sobre 2023, com 2,574 milhões de veículos deixando as linhas demontagem brasileiras. O que explica esse gap é a estagnação das exportações esobretudo a alta impressionante do ritmo de importações.
Para o próximo ano, a expectativa da ANFAVEA é um crescimento de 6,8% no volume de produção, o que representa 2,749 milhões de unidades. Essa alta deverá ser concentrada totalmente em veículos leves, com 7,3%. Para caminhões e ônibus, a previsão é de uma produção no mesmo patamar de 2024 – 169 mil unidades.
Exportações
Desde 2022 esse indicador não apresenta evolução. E neste ano não serádiferente, com um volume de embarques esperado de 402,6 mil unidades, leve recuo de0,3% em relação ao ano anterior. Além do encolhimento no mercado doméstico deimportantes destinos, como Chile e Colômbia, houve uma sensível perda de participaçãodos produtos brasileiros no México. Em contrapartida, a Argentina retomou do México oposto de principal parceiro comercial do nosso país.
Empregos
De janeiro a dezembro foram criadas 10 mil vagas diretas nas nossas empresas associadas de veículos, sem contar as de máquinas autopropulsadas, cujo balanço será divulgado pela ANFAVEA em janeiro. A geração de empregos na cadeia automotiva no ano foi de cerca de 100 mil postos.
“No total, nosso setor é responsável por 1,3 milhão de empregos de alta qualificação, eesperamos que o atual ciclo de investimentos anunciado, de R$ 130 bilhões, abra aindamais postos de trabalho não só na linha de montagem, mas também em algo estratégicopara o país, que é pesquisa e desenvolvimento”, conclui o Presidente da ANFAVEA.