Dado é referente ao período entre julho e setembro e pertence ao relatório “Análise de Roubo de Cargas”, elaborado a partir de operações monitoradas pela nstech
O Rio de Janeiro assumiu a liderança no ranking de roubo de cargas no Brasil, superando São Paulo pela primeira vez desde o início do monitoramento pela nstech, que começou em 2022. Entre julho e setembro de 2024, o estado fluminense foi responsável por 45,8% dos prejuízos registrados, um salto em relação aos 12,7% observados no mesmo período do ano anterior.
O Sudeste se manteve como a região mais crítica do país, concentrando 89,5% dos prejuízos totais com roubo de cargas. Após o Rio de Janeiro, São Paulo ficou em segundo lugar, com 36,6% das ocorrências, enquanto Minas Gerais registrou uma queda de 26,7% para 7,1% no comparativo entre 2023 e 2024.
Os dados foram coletados a partir de operações monitoradas pelas gerenciadoras de risco BRK, Buonny e Opentech, integrantes do ecossistema da nstech, e revelam um aumento da criminalidade no Rio de Janeiro, especialmente em setembro, quando o roubo de cargas cresceu 92,1% em relação ao mesmo mês de 2023.
Os dados estão disponíveis na íntegra. Para conferir, acesse a página do “Report de Roubos de Cargas 3º Trimestre 2024”.
PRINCIPAIS PONTOS DE VULNERABILIDADE
O aumento da criminalidade no Rio de Janeiro chama atenção. Dados do Instituto de Segurança Pública (ISP) do estado corroboram os números da nstech, destacando um crescimento de 92,1% no roubo de cargas em setembro de 2024, na comparação com o mesmo mês de 2023.
Os municípios mais críticos incluem a capital, que concentrou 59% dos prejuízos, seguida por Paracambi (11%) e Japeri (9,2%). As cargas fracionadas foram o principal alvo, representando 60,4% dos roubos no estado, seguidas por produtos de higiene e limpeza (19,1%) e gêneros alimentícios (13,1%). Os trechos urbanos responderam por 66,5% das ocorrências.
Apesar de ainda figurar entre os estados com maior índice de roubos, São Paulo registrou uma redução no percentual de prejuízos, que caiu de 42,1% para 36,6%. As ocorrências se concentraram principalmente na SP-330, que sozinha somou 40,4% do total.
Já Minas Gerais apresentou a maior queda proporcional, com o percentual de prejuízos reduzido para 7,1%. Os principais alvos no estado foram defensivos agrícolas (19,4%) e cargas fracionadas (77,5%), com destaque para a rodovia BR-281, responsável por 52,1% dos prejuízos.
HORÁRIOS E DIAS MAIS CRÍTICOS E IMPACTO NAS CARGAS
Os roubos de cargas são mais frequentes nas madrugadas, que concentraram 32,2% dos prejuízos, seguidas pelas tardes (29,1%). As segundas-feiras se destacaram como o dia mais vulnerável, com 25% das ocorrências.
Cargas fracionadas seguem como as mais visadas, representando 56,3% dos sinistros no terceiro trimestre de 2024. Produtos alimentícios (22,3%) e de higiene e limpeza (10,2%) também figuram entre os principais alvos das quadrilhas.
TECNOLOGIA COMO ALIADA
O relatório destaca a tecnologia como uma das principais ferramentas para reduzir os roubos de cargas. Soluções de monitoramento em tempo real, otimização de rotas e gestão de frotas ajudam a mitigar riscos, aumentar a eficiência operacional e reduzir custos.
“Em meio ao cenário de aumento de roubo de carga no Rio de Janeiro e tendo a região Sudeste como maior local de índice, empresas do ramo logístico precisam passar a ter a tecnologia como principal aliada na redução dos prejuízos e acidentes envolvendo roubo de carga, também adquirindo otimização dessas operações”, declarou o vice-presidente de Inteligência de Mercado da nstech, Maurício Ferreira. “Com isso, é possível aumentar a segurança, a eficiência e a rastreabilidade das cargas, reduzindo o risco das estradas e a probabilidade de perdas e danos.”
por Christian Presa